Essa provavelmente deve ser a  biografia dos Barbixas .Vou me ater à informações contidas em um longo bate papo concedido à UOL e entrevistas. Outra entrevista interessante foi concedida ao Vírgula.

Daniel Nascimento já era amigo de Anderson Bizzocchi. Por gostarem do mesmo tipo de humor, começaram a se apresentar em bares. Em uma viagem à Paris, Andy teria conhecido Elidio Sanna, que estudou física na USP e dava aulas de física, matemática e desenho geométrico (Chat do UOL). Entre eles havia uma grande afinidade pelo gosto no mesmo estilo de humor e resolveram fazer pesquisas em torno de trabalhos como Umbilical Brothers, Rowan Atkinson (e seu personagem Mr. Bean),  Monty Phyton, Gato Fedorento entre outros.

A estréia dos Barbixas teria ocorrido em 01/07/2004 no Teatro Jardim São Paulo com o espetáculo Onde Está o Riso?

Em novembro do mesmo ano, se apresentaram com o espetáculo Em Lata. Seria o primeiro espetáculo integralmente de sua própria autoria.

Em junho de 2005, se apresentaram com o espetáculo 3, na qual havia também vídeos. Nesse momento a trupe se tornou a Cia. Barbixas de Humor, em que não só faziam textos de teatro como esquetes de vídeo e áudio, disponíveis no site.

Em 2008, estrelam o espetáculo Em Breves que também é um espetáculo de esquetes de humor. No mesmo ano, estréiam o absoluto sucesso que é o espetáculo de jogos de improvisação, o Improvável.

Em 2009, os Barbixas levam para a TV, o mesmo formato do espetáculo Improvável, no programa Quinta Categoria, junto com Marcos Mion.

Em 2010, durante os meses de janeiro e fevereiro, apresentaram o programa  É Tudo Improviso, na Band. O programa de jogos de improvisação teatral teve apresentação de Marcio Ballas e contava com os Barbixas e ainda com Marco Gonçalves  (ambos do Jogando no Quintal) e as Olívias Cris Wersom e Mari Armellini. O sucesso do programa acabou por fazer com que houvesse uma renovação desse contrato para uma nova temporada, na qual os Barbixas  não estarão mais fazendo parte do elenco fixo, mas estarão participando do rodízio de convidados muito especiais preparados para o programa que reestreia essa terça feira às 23h15. Mais informações poderão ser conhecidas no seu blog.

Isso porque  a Cia. Barbixas encontra-se em um uma fase de novos e diversos desafios. Segundo também conta o seu blog, há novos projetos com o lançamento do DVD e uma nova websérie. Também estão em cartaz com a terceira temporada no teatro TUCA em São Paulo e em viagens com a Turnê Improvável, percorrendo todo o Brasil.

Nessa entrevista gentilmente concedida por email, Andy fala sobre suas opiniões sobre Impro, mas também discorre sobre seus profundos conhecimentos sobre modalidades esportivas da terceira idade.

Improvisando:  Gostaria que nos desse um resumo das atividades em que está envolvido hoje (teatro, tv, música, tráfico de drogas…)
Anderson: Atualmente é trabalhar com a Cia. Barbixas de Humor. E com isso, eu me envolvo praticamente com várias mídias, TV, teatro, internet. Fora o que todo mundo já sabe, atualmente faço também traduções de manuais sobre curling, um esporte que agora com as Olímpiadas de Inverno. As confusões com a bocha tem que acabar e já!

Improvisando: O que é, no seu entendimento, a Improvisação Teatral? Quais são os conceitos em que se baseia?
Anderson: É você se jogar de paraquedas. É uma das melhores sensações do mundo e na verdade gostaria que ela fosse maior no Brasil. Para mim e muitos outros artistas envolvidos na impro, os principais conceitos são escuta e aceitação. Com eles, uma boa cena é consequência.

Improvisando: Em que momento a improvisação passou a se tornar uma ferramenta de trabalho para você? Como ela entrou em sua carreira?
Anderson: Foi por acaso mesmo. Na tentativa de divulgar nosso trabalho, ele ficou conhecido além do nosso controle na internet. Portanto tivemos que dar um carinho especial para ela, assumir novamente o controle e trabalhar com isso. E como todo trabalho, cada vez mais inovar e buscar estudar mais. Minha avó sempre dizia “Quem espera o pássaro, jamais vai mexer com o estilingue”. Ok, ela não dizia isso, mas seria uma frase boa.

Improvisando:  Segundo reza a lenda, você tinha uma formação absolutamente fora da carreira artística/ teatral. De que forma sua formação influenciou na sua atuação?
Anderson: Não sabia que a lenda era tão religiosa. Não é tão distante assim minha formação. Sou formado em Rádio e TV, assim como Dani, portanto isso ajudou a fazer do Improvável uma websérie.

Improvisando: A Cia. Barbixas de Humor vem de um humor de esquetes, fortemente influenciado pelo Humor britânico e americano. De que forma isso influenciou seu trabalho como improvisador? Como ocorreu essa transição de humor de esquetes para a improvisação?
Anderson: As cenas que a gente faz se tornam naturalmente engraçadas pois nós temos esse sangue correndo. Somos acima de tudo pessoas que trabalham com comédia. Não consigo imaginar um espetáculo de improviso feito pelos Barbixas com uma temática séria. Pelo menos por enquanto. A transição na verdade não houve. Tivemos que nos preocupar com o sucesso que estava surgindo. Por isso chamamos o Marcio Ballas, empurramos ele na parede e falamos “E aí, palhacinho, qualé essa de coisa de improviso aí mermão?” (o sotaque carioca fica por minha conta)

Improvisando:  Quem são os improvisadores que o inspiram na forma de realizar seu trabalho?
Anderson: Vou ganhar uma estrelinha de bom menino. Marcio Ballas, Gustavo Miranda da Colômbia, Ryan Stiles, Omar Argentino. Mudei o modo de ver impro depois de ver o espetáculo solo dele. Sim, isso existe!

Improvisando: Que companhias teatrais fazem trabalhos inspiradores na sua opinião?
Anderson: Seria injustiça não marcar a importância que o Jogando no Quintal teve no espetáculo Improvável. Mas uma companhia que todos falam e que eu ainda não assisti ao vivo e tenho muita vontade é o Impro Madrid. Quem sabe um dia.

Improvisando: O que mais traz interesse a você hoje? Jogos de Improvisação ou formatos long form?
Anderson: Por enquanto acredito que há diversos jogos de Improvisação que eu gostaria de experimentar um dia. Acredito que seja um caminha natural uma vontade posterior de querer fazer um long form.

Improvisando: Que rumos você acredita que deverá tomar a improvisação teatral? No Brasil e em termos mundiais?
Anderson: Vai crescer e torço por isso. Quanto mais gente tentando, aprendendo e experimentando, melhor. Assim, fica mais natural que o Brasil possua mais grupos estudando Improviso. Ele está bem representado com o Jogando, mas acredito que tem espaço para todo mundo. A não ser para o  Dani que não vai caber. (inevitável)

A seguir, vídeos de Anderson em dois momentos: no espetáculo de Improvisação Improvável e na esquete não improvisada Santa Ceia do espetáculo Em Breves.